Avançar para o conteúdo principal

O Calvário 2005



O Calvário

As origens deste templo perdem-se na bruma da história, embora a sua localização e arquitectura fossem noutros tempos diferentes das que são hoje.
O Cruzeiro assente (até há poucos anos atrás) junto ao pilar Noroeste data de 1714, mas ali próximo, já existia muito antes, uma rudimentar construção aonde era comemorado o sacrifício de Cristo e onde iam orar muitos dos nossos antepassados.
Durante mais de um século, a sua conservação e até a reconstrução, esteve a cargo da Santa Casa da Misericórdia que regista as despesas nas obras feitas.
Já em 1857 esta instituição gastou 5.180 reis para a sua “compostura”, porém em 1873 foi de algum modo reconstruído, pois que foram gastos 6.500 reis e no ano seguinte foram pagos 17.000 reis ao Cardepe pela conclusão do Calvário, também nesse ano foi vendida a madeira velha dali retirada por 800 reis.
Em 1881 volta a haver nova compostura no valor de 10.000 reis e em 1885: um véu preto para o Calvário; 9.500 reis.
Em 1903, para reparações 2.000 reis e em 1904 para zinco: 25.600 reis.
A última grande reparação (reconstrução) data de 1939, desde 14 de Março a 9 de Maio e inclui reconstrução do Calvário, Nichos e Cruzeiro de Santo António, nos quais são gastos 2.433$71 distribuídos por 97 jornais de pedreiro, 8 dias de carpinteiro, 8 de caiador, dois dias de serrador, dois dias à rapariga da água, 70$60 ao ferreiro José Martins Monteiro e 20$00 a António Fernandes pelo cata-vento.
Neste valor estão ainda incluídos 14$90 de comida e vinho para os lavradores do carreto na taberna do Aires, vinho e tabaco para os pedreiros e caiadores: 51$20, materiais 441$31 e tecto, pintura e zinco, mais 463$00.
No dia 15 de Fevereiro de 1941, Portugal sofre as consequências de um ciclone que causou avultados prejuízos, foi neste dia que o telhado do Calvário voou e o deixou a descoberto, seria reconstruído igualmente com cobertura em madeira e zinco que durou até aos anos setenta, altura em que foi colocada uma cobertura nova, sob responsabilidade da Junta de Freguesia.
Por volta de 1981 e para construir ao lado uma praça de touros, foi feita uma depressão até ao nível da estrada, cuja remoção de terras obstruiu e escondeu, à excepção do lado poente três degraus em granito que deviam ser de novo postos à vista.
Este projecto (da praça de toiros) só não foi avante devido à oposição de alguns populares que o julgaram uma afronta e uma profanação daquele espaço sagrado.
Em Maio de 2005, o tecto e vigas foram objecto de uma pintura, era altura de remover as terras que escondem os degraus e repô-los de novo ao sol, como estiveram desde sempre.
O cruzeiro foi mudado de lugar em 2007 para o centro do Calvário, onde hoje se encontra.


Comentários

Mensagens populares deste blogue

Família Garcia Pereira

Família Pereira (Descendência) Gregório de Carvalho, filho de Bernardo de Carvalho e de Catarina Antunes, foi batizado no dia 30 de Março de 1674 e casou no dia 11 de Junho de 1702 com Ana Pereira, batizada no dia 22 de Abril de 1679 filha de Gonçalo Pereira e de Maria Nunes, sendo testemunhas Francisco Antunes e Domingos Nunes. Filhos A: Manuel Pereira, casou no dia 17 de Novembro de 1741 com Elena Fernandes , filha de Francisco Fernandes e de Luísa Fernandes (também chamada Luísa João). Helena faleceu no dia 20 de Novembro de 1762. Filhos: Segunda Geração A:1: Manuel Pereira, foi batizado no dia 23 de Dezembro de 1742 e casou no dia 14 de Janeiro de 1764 com Maria Gonçalves (Correia), filha de Manuel Gonçalves e de Maria Gonçalves Correia. A:2: Maria Pereira, foi batizada no dia 6 de Novembro de 1744 e casou no dia 5 de Outubro de 1766 com Domingos Gonçalves Louceiro, filho de Domingos Gonçalves Louceiro e de Maria João. A:3: António Pereira, foi batizado no dia

Família Rito

Resumindo um historial de cerca de 250 anos, este trabalho está incompleto. Faltam ainda duas e nalguns casos três gerações para anexar e como muitos já nasceram fora do Soito, só eles mesmo, ou os familiares podem completar o que falta se para isso estiverem de acordo. Aceitarei todas as informações que me queiram prestar. Família Rito Manoel Manso Vas, nas ceu no dia 29 de Novembro de 1741 e casou com Rita Nunes no dia 17 de Julho de 1771 e, já viúvo, faleceu no dia 26 de Abril de 1811, com 70 anos e foi sepultado na antiga Capela da Misericórdia. Ele filho de Manoel Manso Vas (a) e de Catherina Gonçalves. Neto pela parte paterna de Domingos Manso e Maria Gonçalves (Vas) e pela materna de Lucas Gonçalves e Maria Afonso. Rita era filha de Domingos Nunes e Maria Martins (casados no dia 23 de Outubro de 1747) e neta pela parte paterna de Joam Nunes Alferes e Catherina Nunes e pela materna, de Francisco Martins Grencho e de Isabel Vas. (a) (Não encontramos o assento de batis

Figuras da nossa terra

Figuras da nossa terra “ Quando alguém merece ser lembrado é porque não morreu inteiramente”. Miguel de Unamuno Diogo Matheus: Capitão, casou em 14 de Abril de 1643 com Catharina Martins, tendo presidido à cerimónia o Padre Domingos Gomes com licença do pároco da freguesia, Manuel da Fonseca. O Capitão “Tolda” , São muitas as referencias, escritas ou de voz popular, acerca desta que é sem duvida a figura mais mitológica da história do Soito. Chamava-se Diogo Martins de Amaral, conforme se pode ver pelo registo de baptismo de sua filha Leonor, lavrado em 27 de Julho de 1656 pelo Cura deste Lugar , Domingos de Faria. Na altura do baptismo de Leonor, era ainda Tenente, mas em 1660 já é referido como Capitão. Estava casado com Maria Martins, que em 15 de Dezembro de 1686 já era viúva, como se pode ver no registo de baptismo em que ela e Baltazar da Costa Pacheco, seu genro, foram padrinhos de Luzia. No dia 16 de Abril de 1680 ainda foi padrinho de batismo de M