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A mostrar mensagens de março, 2016

Licenças de carros, velocipedes e caça

Primeiras licenças de carros de vacas, velocipedes, caça. Embora a matricula para os carros de bois se tornasse obrigatória a partir da decisão de Câmara tomada em 1 de Julho de 1929 ao preço de 5$00 cada chapa a fornecer pela autarquia, só mais tarde essa obrigação foi cumprida. Estes alguns dos primeiros registos de veículos de tracção animal do Soito 1943 Nº. 1.152 – Manuel Alves       1.154 – José Augusto Martins Nicolau       1.174 – Manuel Nunes Dias       1.175 – José Luís Meirinho       1.176 – José de Oliveira       1.177 - João Maria Martins da Teresa       1.180 – Francisco Manuel Rodrigues       1.189 – Manuel José Gonçalves Filipe       1.192 – José Carvalho       1.255 – José Augusto Garcia Nabais       1.261 – Narciso Gonçalves       1.284 - José António Lousa do Corro       1.369 – Manuel Nabais       1.431 – José Nunes Dias       1.437 – João Ramos Carvalho Dias       1.663 – José Martins Corceiro       1.674 – António José

Feriado Municipal e festa de nossa Senhora dos Prazeres

Feriado Municipal e dia de Nossa Senhora dos Prazeres Ainda que não reconhecido oficialmente, o dia de segunda-feira da Pascoela, há já séculos que vem sendo comemorado em festa, principalmente no Sabugal, Aldeia Velha e Soito, cujas populações se dirigiam em romaria à Ermida respectiva, estando também encerrados os Paços (Câmara) assim como todo o comércio local. Em sessão de 3 de Abril de 1836 a Câmara: “ acordou que para satisfazer de alguma maneira ao uso antiquíssimo verdadeiramente indispençavel de dar de almoçar ao Capellão que acompanha a Câmara na Romaria que esta faz à Senhora da Graça no Distritto de Sortelha, aonde o ditto Capellão tem de dicer Missa …. ao mismo tempo o vicioso uso deaver ali hum comerette que não satisfazendo aninguem hera bastante gravoso ao Concelho se desse ao mesmo Capellão a quantia de mil e seiscentos reis para que elle de sua conta possa e mande arranjar para si o almoço” era Presidente Manuel Bigotte Em reunião Camarária de 1 de Maio de

Frequência escolar e professores

Frequência Escolar e Professores Em 1890 o Professor António José Nunes tinha 34 alunos e a professora Josefa Dias da Anunciação; 46.  A instrução, a nível concelhio, encontrava-se numa fase incipiente mas evolutiva e a cada ano que passava aumentavam os alunos a exame, assim: em 1882 apenas completaram o curso elementar de instrução 9 alunos, em 1883; 3, em 1884; 2, em 1885; 14, em 1886; 19, em 1887; 28, em 1888; 26 e dois eram do Soito; em 1889; 50, dos quais dois eram do Soito; Carlos Carrilho Quinteiro Garcia, filho de Narciso Carrilho Quinteiro e João José da Fonseca Garcia filho de Manuel António da Fonseca, que foram a exame em 8 de Agosto, ambos com 10 anos de idade, e em 1890 houve 62 em todo o concelho, sendo do Soito dois irmãos; José Faustino e Joaquim Faustino, um de 13 outro de 11 anos, filhos de António Faustino. No ano de 1866, aquando da Inspecção militar apenas 1 mancebo era estudante; Manuel filho de José Nunes do Gabriel e Maria Garcia e em 1875 também apen

Abastecimento de água

Abastecimento de água ao Soito A água consumida pelos nossos antepassados não muito distantes, nem sempre era da melhor qualidade, principalmente no verão devido ao calor e às condutas, abertas e pouco cuidadas, que estavam sujeitas a todo o tipo de detritos. Embora as nascentes dos arredores fossem límpidas, a povoação abastecia-se normalmente de poços, um no Vale frente ao fontanário, outro no Corro, outro na Rua do Poço, ou fontes de chafurdo das quais ainda existem duas; uma ao fundo do povo junto à ponte do antigo caminho, outra no Robalbo. Esta fonte e lavadouro terão mais de 300 anos, Também me lembro de uma mina no caminho hoje chamado Rua de Trás de Soito, logo atrás da casa do Sr. José Augusto Aristides e cuja nascente abastecia um antigo  lavadouro no Cruzamento da Avenida São Cristóvão com a Avenida de Santo António, outrora localizado na parte sudeste do Lameiro do Soito. Em 23 de Setembro de 1907 foram contabilizados nas contas da Câmara 45.000 reis pagos a “João

Os expostos

Os Expostos Os expostos eram crianças a quem os pais não podiam dar assistência nem tão pouco alimentação condigna e que por isso eram depositados na roda dos expostos quase sempre de maneira incógnita. Embora já anteriormente houvesse expostos, a roda foi oficializada em 24 de Maio de 1783 no tempo de Pina Manique, um dos melhores governantes de todos os tempos. A Câmara, após a entrega, procurava uma ama para alimentar a criança à qual pagava os serviços e outras despesas. O tempo normal de “criação” era de sete anos, findos os quais as crianças ficavam por sua conta a menos que fossem doentes ou inválidas e a Câmara prorrogasse o prazo de criação. Algumas vezes, os pais ou simplesmente a Mãe, talvez devido a uma melhoria nas suas condições económicas, pediam a devolução da criança, o que era autorizado. A maioria das crianças provinha de origem desconhecida e somente uma pequena parte, as provisórias, tinham origem conhecida. Porque na maioria dos documentos apenas co

O Brasileiro

O Brasileiro Refere o “Ti Eugénio” no seu livro o Baú da Memória, paginas 47 e 48 o brasileiro que cedo foi para o Brasil e de lá veio rico e que era avô do Dr. Alfredo Viriato. Segundo as minhas pesquisas esse personagem terá embarcado para o Brasil por volta de 1850, sem identidade, e de lá veio como José Viriato Sorried Pompeo. Nasceu no dia 5 de Outubro de 1833 e era filho de Domingos Martins Ferrador e de Isabel Gonçalves. Neto paterno de José Martins Ferrador e de Isabel Nabais (José Martins Ferrador faleceu no dia 31 de Março de 1832 e foi sepultado na Capela de Santo Amaro) e materno de Manuel Gonçalves e de Maria Lourença. Casado oficialmente com Maria Luísa Fontes de Sousa, faleceu no dia 20 de junho de 1891 numa casa da Rua do Pereiro. Teve duas filhas naturais, que casaram no Soito, sendo a mãe Maria José Leitão, costureira natural de Vila do Touro, filha de João Damião da Cunha, do Sabugal, e de Maria Augusta Leitão, de Vila do Touro. Uma chamava-se Maria José Viriato

Minas de minerais no Soito

Minas de volfrâmio, arsénio e titânio, no Soito Desde tempos imemoráveis que a atividade mineira se desenvolveu um pouco por todo o país e o Soito também não se alheou desta fonte de riqueza, tendo, dentro dos seus limites, inúmeras minas registadas. As primeiras que constam em registos oficiais datam de 1874 e foi Diogo Lopes, natural de Vale de Espinho, casado e residente no Soito a registar em 2 de Abril desse ano uma mina de cobre e outros, no limite de Aldeia Velha. Em 28 de Maio de 1880, várias minas, entre elas uma na Malhada Alta, em terrenos pertencentes a Domingos Rodrigues da Calva, registada pelo Padre Félix Gonçalves Neves, natural de Malhada Sorda e Capelão residente no Soito. O mesmo Padre, em 22 de Janeiro de 1881, registou ainda outra mina de ferro, cobre e enchofre nos terrenos baldios a caminho do Cabeço dos Friados. Em 17 de Junho de 1882 foi Manuel Gonçalves Garrido Passave quem registou uma mina de cobre e outros minerais, nas Quelhas do Espírito Sant

Anos mais mortiferos

Anos mais mortiferos Já referimos, noutra altura, o ano de 1858 como um dos mais mortíferos na história do Soito, outros há porém, que devido ao irregular número de mortes, merecem uma reflexão quanto às suas prováveis causas. No ano de 1762 o Soito viu serem sepultados 101 dos seus filhos, dos quais 65 inocentes (menos de 7 anos). Os meses de Agosto e Setembro, com 26 e 23 respectivamente, foram os mais demolidores sendo os meses de Fevereiro e Março com 1 cada, aqueles que menos contribuíram para tal descalabro   No ano de 1810 foram efectuados 93 registos de óbito, porém 75 deles ocorreram após o dia 30 de Agosto, dia da chegada dos franceses. De Janeiro a 29 de Julho (quase 8 meses) faleceram apenas 18 pessoas do que resulta uma média de 2,3 por mês, o entanto, nos quatro meses seguintes (depois de 30 de Agosto) a média multiplicou-se por seis, o que equivale a cerca de 19 por mês. Desses 93 falecidos, 37 perderam a vida no mês de Outubro, 42 eram inocentes (menos

O Contrabando no Soito

O contrabando no Soito Quando a região de Riba Côa passou a fazer parte do território nacional em 1297 e como espiritualmente continuou a pertencer ao Bispado de Ciudad Rodrigo até 1403, as suas gentes continuaram a usufruir de privilégios em relação à troca e à circulação de mercadorias entre o País e Castilha. Quando mais tarde no começo do século XV a soberania se tornou plena, as trocas continuaram a ser feitas à margem das leis e ainda até há bem pouco tempo muitos dos produtos de primeira necessidade, desde pão, azeite, tecidos, ferramentas, frutas, louças e perfumes, ou outros, eram provenientes de Espanha, transportados a ombros e a pé por muitos para uso pessoal ou outros que viam nesta actividade a única forma de subsistência e que em lugar de ser considerada contrabando devia ter sido classificada como serviço público, já que o país vizinho era a única fonte e fornecedor desses bens a esta região. Com as guerras (Peninsular, 1ª e 2ª Grandes Guerras) e devido às nece

Dinheiros públicos

Dinheiros públicos Em 31 de Dezembro de 1893, a Câmara tinha em depósitos na Junta de Crédito Publico a quantia de 33.100.000 reis, mais de três vezes o orçamento anual. A Junta de Freguesia do Soito tinha 12.100.000 reis o que comparado com as contas desse ano, que foram de 128.705 reis de despesa e 586.120 de receita, se traduz num diferencial investido 94 vezes inferior ao valor da riqueza acumulada. A despesa foi quatro vezes inferior à receita (outros tempos!). Também a Santa Casa da Misericórdia do Soito, em 1881, tinha depósitos na mesma J.C.P. no valor de 3.100.000 reis, com um orçamento anual trinta e seis vezes inferior e que se cifrava em 87.500 reis de receita e igual quantia de despesa. Nos Estatutos aprovados em 26 de Agosto de 1914, capitulo 11º artigo 52, pode ler-se: os fundos da dita Irmandade compõem-se de doze títulos de divida pública no valor de 2.900$00 e quatro certificados no valor de 200$00 e algumas jóias… Na década de quarenta do século

Soito: O nome.

Se algo do que lerdes vos parecer duvidoso, praza-vos de o deixar em dúvida. (…?) O Nome                                                              Souto ou Soito?  Não há dúvida de que o nome advém do facto de os limites deste povo estarem noutros tempos, nomeadamente até à década de 70 do século passado, cobertos por milhares de castanheiros a cujo conjunto em épocas remotas, se chamava Sotto (bosque denso, mata de castanheiros) e que ao longo do tempo evoluiu até ao Soito de hoje. Embora hoje a terra se encontre quase despida destas árvores, o certo é que eu já me lembro de elas serem incontáveis e de tamanho notável, algumas tinham mais de 3 metros de diâmetro. O primitivo nome teria sido Sotto, tendo evoluído ao longo do tempo e passando por Soutto, Souto e Soito. Segundo A. de Almeida Marques, autor de dezenas de livros sobre história, em Paróquias Suevas e Dioceses Visigóticas publicado em 1997, o Soito, então Sotto, teria sido, no século VI-VIII, uma ci

Festas e romarias

Festas e Romarias Festas populares Por alturas do São João e do São Pedro, havia bailes em quase todos os bairros da povoação desde Santo Amaro ao Forte e à Praça, ou à Macieira e ao Vale. Todos participavam, mas eram principalmente as raparigas que enfeitavam os “paus” (pinho central enfeitado com rosmaninho e bela luz) e ali dançavam em redor, ao toque do realejo e mais tarde ao toque da concertina. Quase todos os Domingos se realizavam bailes de roda, que na falta de música, eram marcados pelo som das cantigas populares e tradicionais. Como resíduo dessa tradição, embora alterada, continuam a realizar-se as festas dos Santos Populares no Bairro de Santo Amaro. Nossa Senhora dos Prazeres A principal festa religiosa é em louvor de Nossa Senhora dos Prazeres, cuja ermida remonta para lá do século XVII e se situa abaixo do cabeço da Granja e a quem os habitantes desta terra, residentes e muitos emigrantes, prestam veneração desde há vários séculos e a honram c