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Anos mais mortiferos

Anos mais mortiferos

Já referimos, noutra altura, o ano de 1858 como um dos mais mortíferos na história do Soito, outros há porém, que devido ao irregular número de mortes, merecem uma reflexão quanto às suas prováveis causas.

No ano de 1762 o Soito viu serem sepultados 101 dos seus filhos, dos quais 65 inocentes (menos de 7 anos).
Os meses de Agosto e Setembro, com 26 e 23 respectivamente, foram os mais demolidores sendo os meses de Fevereiro e Março com 1 cada, aqueles que menos contribuíram para tal descalabro  
No ano de 1810 foram efectuados 93 registos de óbito, porém 75 deles ocorreram após o dia 30 de Agosto, dia da chegada dos franceses.
De Janeiro a 29 de Julho (quase 8 meses) faleceram apenas 18 pessoas do que resulta uma média de 2,3 por mês, o entanto, nos quatro meses seguintes (depois de 30 de Agosto) a média multiplicou-se por seis, o que equivale a cerca de 19 por mês.
Desses 93 falecidos, 37 perderam a vida no mês de Outubro, 42 eram inocentes (menos de 7 anos) e a causa apontada foi “as bexigas
O ano de 1811 não foi mais animador, pelo contrário, morreram 101 pessoas, das quais 9 assassinadas pelos soldados invasores entre os dias 26 de Março e 8 de Abril.
Destes 101, apenas 18 eram inocentes, todos os outros eram maiores.
Não faltaremos à verdade se dissermos que os responsáveis foram os inimigos, quer através da fome a que obrigaram os habitantes, confiscando os seus bens em benefício próprio, quer ainda devido ao efeito de moléstias que trouxeram ao povo como a malária, ou a “malina”, (febre tifóide) outro mal classificado e apontado pelo pároco como causa de morte.
O factor fome, embora não apontado, também não é de excluir já que a maioria das mortes ocorreram em épocas pós colheitas, das quais os invasores se teriam apropriado, até à vinda da castanha que de algum modo vinha suprir a falta de outros géneros dando novo alento à vida.
No ano de 1918 morreram  123 pessoas, dos quais 65 com menos de cinco anos e segundo consta devido à febre pneumónica. Também foi neste ano e pela mesma doença que aos 37 anos morre o Padre António Francisco Gonçalves. pároco do Soito.

ticarlos

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