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O CALVÁRIO






As origens deste templo perdem-se na bruma da história, embora a sua localização e arquitectura fossem noutros tempos diferentes das que são hoje.
O Cruzeiro assente (até há poucos anos atrás) junto ao pilar Noroeste data de 1714, mas ali próximo, já existia muito antes, uma rudimentar construção aonde era comemorado o sacrifício de Cristo e onde iam orar muitos dos nossos antepassados.
Durante mais de um século, a sua conservação e até a reconstrução, esteve a cargo da Santa Casa da Misericórdia que regista as despesas nas obras feitas.
Já em 1857 esta instituição gastou 5.180 reis para a sua “compostura”, porém em 1873 foi de algum modo reconstruído, pois que foram gastos 6.500 reis e no ano seguinte foram pagos 17.000 reis ao Cardepe pela conclusão do Calvário, também nesse ano foi vendida a madeira velha dali retirada por 800 reis.
Em 1881 volta a haver nova compostura no valor de 10.000 reis e em 1885: um véu preto para o Calvário; 9.500 reis.
Em 1903, para reparações 2.000 reis e em 1904 para zinco: 25.600 reis. (A cobertura até aos anos 60 do século passado era em chapa de Zinco)
A última grande reparação (reconstrução) data de 1939, desde 14 de Março a 9 de Maio e inclui reconstrução do Calvário, Nichos e Cruzeiro de Santo António, nos quais são gastos 2.433$71 distribuídos por 97 jornais de pedreiro, 8 dias de carpinteiro, 8 de caiador, dois dias de serrador, dois dias à rapariga da água, 70$60 ao ferreiro José Martins Monteiro e 20$00 a António Fernandes pelo cata-vento.
Neste valor estão ainda incluídos 14$90 de comida e vinho para os lavradores do carreto na taberna do Aires, vinho e tabaco para os pedreiros e caiadores: 51$20, materiais 441$31 e tecto, pintura e zinco, mais 463$00.
No dia 15 de Fevereiro de 1941, Portugal sofre as consequências de um ciclone que causou avultados prejuízos, foi neste dia que o telhado do Calvário voou e o deixou a descoberto, seria reconstruído igualmente com cobertura em madeira e zinco que durou até aos anos sesenta, altura em que foi colocada uma cobertura nova, sob responsabilidade da Junta de Freguesia.
Por volta de 1981 e para construir ao lado uma praça de touros, foi feita uma depressão até ao nível da estrada, cuja remoção de terras obstruiu e escondeu, à excepção do lado poente três degraus em granito que deviam ser de novo postos à vista.
Este projecto (da praça de toiros) só não foi avante devido à oposição de alguns populares que o julgaram uma afronta e uma profanação daquele espaço sagrado.
Em Maio de 2005, o tecto e vigas foram objecto de uma pintura, era altura de remover as terras que escondem os degraus e repô-los de novo ao sol, como estiveram desde sempre.
O cruzeiro foi mudado de lugar em 2007 para o centro do Calvário, onde hoje se encontra.


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