Nomes de naturais ou moradores do
Soito que caíram nas malhas da Inquisição
(1) Francisco de Almeida 30 anos, lavrador,
filho de Francisco de Almeida, cristão velho e que foi soldado e almoxarife do
pão de Assento. Mãe Isabel Mendes ½ cristã nova. Ele ¼ de Cristão novo, acusado
de Judaísmo. Acusado e preso em 7 de Agosto de 1670 é condenado em auto de fé
no dia 10 de Dezembro de 1673. Condenado a excomunhão. abjuração e usar hábito
penitencial. Relaxado ao poder secular. (o processo tem 330 páginas)
(2) António de Almeida, 25 anos, solteiro, filho
dos anteriores. ¼ de cristão-novo, acusado de Judaísmo. É preso no mesmo dia do
pai, condenado no dia 21 de Junho de 1671: Abjuração e Uso de hábito
penitencial. Processo 8874. (com 74 páginas)
(3) Maria Henriques, com outro nome Maria
Almeida, Irmã do anterior. ¼ de Cristão novo, 32 anos, casada com Manuel Nunes.
14 de Julho de 1671. Os inquisidores indicaram como lugar de cadeia o lugar do
Souto no qual morava a ré. Processo 4715 em Lisboa. (130 páginas)
(4) Catarina Henriques, mulher de Francisco
de Almeida, Filha de Diogo Rodrigues e de Maria Henriques, ½ cristã nova.
Sentença a 15 de Julho de 1683: excomunhão maior, confisco dos bens e relaxada
à justiça secular, PT/TT/TSO-IC/025/05497 da Inquisição de Coimbra)
(5) Isabel Mendes, viúva de Francisco de
Almeida, pai, ¼ de cristã nova 60 anos, acusada de Judaísmo é presa a 7 de
Agosto de 1670, (no mesmo dia do irmão) a sentença é de 15 de Julho de 1683:
excomunhão, confisco de bens e relaxada à justiça secular. Filha de António
Gonçalves cristão velho, tendeiro e de Catarina Henriques. Faleceu no carcere. (Processo com 286 páginas)
(6) Maria
do Ó, ¼ de cristã nova, natural da Guarda e moradora no Souto, de 15 anos,
presa em 7 de Agosto de 1670, sentença de 21 de Junho de 1671 confiscação de
bens, abjuração, e carcere e hábito penitencial perpétuo. Era filha de José
Cardoso, mercador, e de Joana de Leão cristã nova. (Processo 4707. com 118 páginas)
(7) Maria
Gonçalves, de 30 anos, cristã velha filha de Manuel Gonçalves cristão velho e
de Maria Gonçalves, cristã velha, casada com Domingos Gonçalves. Foi presa em
26 de Março de 1726 e absolvida em Julho de 1730. PT/TT/TSO/IC/025/07261.
Outros
dados:
Carta de perdão de sentencia régia de
D.Afonso V a João Afonso Cordeiro, lavrador, morador no Souto, termo do
Sabugal, acusado de fuga da prisão de Gonçalo Eanes. Foi Homiziado e mandado
servir para Castela em 29 de Fevereiro de 1476. (Chancelaria D. Afonso V.
PT/TT/CHR/I/0006/000248)
Já
havia autorização de corrupção?
No dia 27 de Julho de 1520 foi feita merçê a Rodrigo Afonso, morador no lugar do Souto, termo do Sabugal, para que seja privilegiado e guardado para que não pague em nenhumas feitas, fintas,falhas, serviços ou empréstimos. (Chancelaria D. Manuel I, livro 46, fl 134v.)
No dia 27 de Julho de 1520 foi feita merçê a Rodrigo Afonso, morador no lugar do Souto, termo do Sabugal, para que seja privilegiado e guardado para que não pague em nenhumas feitas, fintas,falhas, serviços ou empréstimos. (Chancelaria D. Manuel I, livro 46, fl 134v.)
No dia
18 de Janeiro de 1513 foi concedido a Pero Lourenço, do Souto, termo do Sabugal
o privilégio de Espingardaria em forma. (Nesse temo já havia uma espingardaria
no Soito) (In Chancelaria de D. Manuel I, livro 46,f,134.)
Mais uma página,a documentar a história do Soito,que nos é revelada pelo incansável pesquisador-Carlos da Conceição -"Ti Carlos", que não sendo natural da terra, nela encontrou o seu amor e, a ela tem dedicado muito do seu tempo na recolha de documentação,no seu tratamento e divulgação para que todos os soitenses se orgulhem de e serem, e é tempo de todos darem as mãos para se construir a pensada "Casa Museu" que albergue e preserve todo este património. Mãos à Obra.
ResponderEliminarConcordo.
EliminarConvém fazer aqui algumas correções relativamente a estas publicações:
ResponderEliminarNa Chancelaria de D.Afonso V a carta de perdão é a João Afonso (sem Cordeiro), que foi acusado de ter ajudado à fuga de Gonçalo Eanes, que era homiziado por ter ajudado os reis de Castela na Batalha de Toro. D. Afonso V concede perdão a todos esses.
Na chancelaria de D. Manuel o documento do privilégio de espingardeiro está na fl. 134v.
Quanto ao doc. relativo ao Rodrigo Afonso não o consegui encontrar na referência citada.