Avançar para o conteúdo principal

Cruzeiro do João Namoros










Colocado no cruzamento de Nossa Senhora de Fátima com o antigo caminho de Vila Boa, local conhecido pelos mais velhos como Castanheiros de João Namoros. Este cruzeiro é datado de 1919, mas sabemos pela tradição verbal que tem sido transmitida de pais a filhos, que este acontecimento teve lugar talvez há mais de século e meio, já que pessoas há muito falecidas diziam ter ouvido tal testemunho aos seus pais que por sua vez já o tinham recebido dos seus.
Conta a historia que um moço do Soito namorava em Vila Boa talvez contrariando a vontade dos pais, e que numa bela noite, como o teria feito já outras mais, colocou um molho de palha debaixo das mantas para que os pais não dessem por falta dele e aí vai ele caminho fora ver a sua amada.
Nessa trágica noite, a mãe acordou atormentada por um sonho no qual via o filho a ser devorado pelos lobos, aflita clama para que o marido vá ver se o filho está deitado, o homem lá foi e sob a luz ténue de alguma candeia, olhou para a loja através do alçapão, viu que estava na cama e regressou descansado ao seu leito.
Passado pouco tempo o sonho continuou e ela volta a chamar pelo marido que resolve ir certificar-se, mas ao afastar as mantas vê com surpresa que no lugar do filho estava apenas a palha enganadora.
Temeroso já do que estivesse a acontecer, cela à pressa o seu cavalo e monta a todo o galope em busca do filho, a alguma distancia ouve o alarido do ataque dos lobos e diz em voz forte; tem-te filho que aqui vou eu, mas quando chegou ao dito local já era tarde e só encontrou as botas do filho.
Os terrenos envolventes oficialmente conhecidos como Jastais não impediram que a este lugar fosse dado o nome de “Castanheiros de João d’Amores” em memória de tão trágico acontecimento, mas o povo vai esquecendo o facto e desde há alguns anos, com a colocação de uma imagem de Nossa Senhora de Fátima quase em frente, este nome está a substituir aquele que inevitavelmente passará ao esquecimento.


Comentários

Mensagens populares deste blogue

Família Garcia Pereira

Família Pereira (Descendência) Gregório de Carvalho, filho de Bernardo de Carvalho e de Catarina Antunes, foi batizado no dia 30 de Março de 1674 e casou no dia 11 de Junho de 1702 com Ana Pereira, batizada no dia 22 de Abril de 1679 filha de Gonçalo Pereira e de Maria Nunes, sendo testemunhas Francisco Antunes e Domingos Nunes. Filhos A: Manuel Pereira, casou no dia 17 de Novembro de 1741 com Elena Fernandes , filha de Francisco Fernandes e de Luísa Fernandes (também chamada Luísa João). Helena faleceu no dia 20 de Novembro de 1762. Filhos: Segunda Geração A:1: Manuel Pereira, foi batizado no dia 23 de Dezembro de 1742 e casou no dia 14 de Janeiro de 1764 com Maria Gonçalves (Correia), filha de Manuel Gonçalves e de Maria Gonçalves Correia. A:2: Maria Pereira, foi batizada no dia 6 de Novembro de 1744 e casou no dia 5 de Outubro de 1766 com Domingos Gonçalves Louceiro, filho de Domingos Gonçalves Louceiro e de Maria João. A:3: António Pereira, foi batizado no dia...

Família Rito

Resumindo um historial de cerca de 250 anos, este trabalho está incompleto. Faltam ainda duas e nalguns casos três gerações para anexar e como muitos já nasceram fora do Soito, só eles mesmo, ou os familiares podem completar o que falta se para isso estiverem de acordo. Aceitarei todas as informações que me queiram prestar. Família Rito Manoel Manso Vas, nas ceu no dia 29 de Novembro de 1741 e casou com Rita Nunes no dia 17 de Julho de 1771 e, já viúvo, faleceu no dia 26 de Abril de 1811, com 70 anos e foi sepultado na antiga Capela da Misericórdia. Ele filho de Manoel Manso Vas (a) e de Catherina Gonçalves. Neto pela parte paterna de Domingos Manso e Maria Gonçalves (Vas) e pela materna de Lucas Gonçalves e Maria Afonso. Rita era filha de Domingos Nunes e Maria Martins (casados no dia 23 de Outubro de 1747) e neta pela parte paterna de Joam Nunes Alferes e Catherina Nunes e pela materna, de Francisco Martins Grencho e de Isabel Vas. (a) (Não encontramos o assento de batis...

Família Carrilho

Carrilho Com este trabalho não pretendo fazer a árvore genealógica desta família, apenas dar um contributo para um maior conhecimento àqueles que estiverem interessados. Continuarei as buscas e editarei, acrescentando, quando tiver mais elementos que o justifiquem. Divido por gerações a partir do primeiro Carrilho que casou no Soito e que já são 12. 1ª Geração 1 : No dia 1 de Maio de 1689: Luís Carrilho, natural da vila de Alfaiates, filho de Miguel Carrilho, já defunto e de Sebastiana Gonçalves, moradores na vila de Alfaiates, casa com Anna Gonçalves, filha de Manuel Gonçalves Lucas e de Isabel Gonçalves, já defunta, deste lugar do Soutto. (Foram “recebidos” pelo Cura António B. de Azevedo) 2ª.Geração 1 : Um filho: também Luís Carrilho, casa com Maria Dias, porém não temos acesso ao assento de casamento em virtude de um iato documental. Casou segunda vez no dia 12 de Maio de 1731 com Isabel Nabais, filha de Domingos Carvalho e de Isabel Nabais. -----------------------...