Este Cruzeiro no qual não constam
datas, está situado do lado esquerdo, na estrada que segue para Alfaiates, mas
o seu local até à rectificação do traçado da estrada, era uns 50 a 60 metros
para poente, na antiga estrada, hoje terreno particular. Chamado de Cruzeiro do
Ti Dora, lembra a memória de um Soitense, de apelido Dora, mas cujo nome era
Manuel Lopes, nascido no dia 29 de Março de 1857, filho de João Lopes e de
Maria Gomes. Casou no dia 8 de Maio de 1886 com Isabel Maria Nunes Dias, filha
de António Nunes Dias e de Maria do Carmo Antunes. Teve um filho no dia 5 de
Janeiro de 1886, quatro meses antes da sua morte, aos 31 anos, que ocorreu no
dia 3 de Maio de 1888 ás cinco horas da tarde, assassinado, aquando das
disputas com os vizinhos de Alfaiates pela posse dos terrenos fronteiriços ás
duas freguesias. Esse filho: José Augusto Lopes casou no dia 1 de Fevereiro de
1909 com Maria dos Anjos Manso Rito, filha de Bernardo Manso Rito e de Mariana
Alves.
Este cruzeiro lembra as desordens
acontecidas durante décadas e que opunha o Soito e Alfaiates a propósito da
posse do Vilares e da Marsoba e que só viriam a terminar em fins do século XIX
ou princípios do século XX após o derramamento do sangue de alguns homens, tanto
do lado do Soito como do lado de Alfaiates.
Hoje pode ver-se uma placa de mármore, colada no cruzeiro, mas com datas erradas.
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